Transeuntes

sexta-feira, 13 de abril de 2007

No rasto de mim própria...


Onde reino eu? Na metade nunca vista e sentida dos outros, no esquecimento das próprias memórias, no rastilho de pensamentos lampejantes, na saudade daqueles que já partiram da terra molhada, de areia esbranquiçada e que vagueiam…apenas o sonho da noite?

Quem sou eu? Um misto de todos, ou um eu desprovido de passado, de recordações, de dor e de fantasia…?

Que palavras expressam agora os minutos, outrora vazios de momento, vastos de eternidade?

Quantos números são necessários contar até que as combinações de gramática reflictam…o que quero, o que desejo, quem sou?

Há quantas quimeras, quantos sóis escurecidos, quantas gravidezes lunares, abandonei o antigo pisar da pena para me dedicar a teclados surdos e mudos que falam aquilo que não penso e escutam apenas o que digo…sem nunca adivinharem quem eu sou!?

Quem eu sou? Quem eu fui? Quem eu serei?
Sou…aquela que fui num qualquer segundo…do “serei”?

Ou antes, sou um “serei” que vagabunda na frustração de nunca ter chegado a ser o que fui quando quis SER!


1 de Abril de 2003

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