Transeuntes

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Amor a Portugal


O mais saudoso pedaço de terra
No ranking da pacificidade da esfera azul
Entre a lista dos mais humanamente desenvolvidos
Desbravado pelo sangue do mundo
Herdeiro de genes plurifacetados
Transportando a garra do guerreiro lusitano
A robustez do ferro dos Celtas
A língua tartéssica dos fenícios
A capacidade de exploração da terra dos Suevos e Visigodos
A língua portuguesa do latim grego-romano
A inovação tecnológica e científica dos Mouros
A capacidade de adaptação à mudança por imitação dos Judeus
A aptidão para o trabalho intenso da escravatura africana
Eis-nos portugueses, cidadãos da gente do mundo
Decididos a levar a nossa audácia
Aos quatro quadrantes do mundo
Primeiro enquanto agentes da fé e da globalização
Assombrados por temerosos monstros
Ávidos de conhecimento e de pão,
Depois na qualidade de colonizadores
Sequiosos de riqueza e de império,
Mais tarde retratados na história da diáspora portuguesa
Com destino à Europa mais próspera
Resistentes a grandes fardos de labuta!

Porém, com a integração na Grande Europa
Instalou-se a promessa
De um fácil desenvolvimento
De uma riqueza progressiva e duradoura.
Arrastados por uma cultura de facilitismo
Embriagados por um lucro imediato
Ignoramos anos da nossa história
Queimamos os nossos pergaminhos
Rejeitamos os legados mais profícuos
Desta sorte de ser português.

Quem nós éramos?
Livres pensadores e convictos
Que o fado se escreve em português
Que a poesia nasceu dos mares por nós navegados
Que o perigo e o abismo eram apenas transponíveis
Nos simples corações de alma lusitana!

Desta escada escorregadia
De feitos gloriosos e de desmoronamentos constantes,
É imperioso remontarmos ao ponto de partida
À essência que nos faz cumprir o amor a Portugal!

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