Transeuntes

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Soldados de Guerra


Soldados de guerra em batalhas sem balas,
transportando migalhas em malas,
disparam rodopios contra os minutos,
amordaçam gritos com silêncios diminutos,
entre voltas sem benefício sentem revoltas,
saltam dias sem regalias.
De campo em campo semeando o destino,
desde o nascer do sol matutino,
vagueiam esforços de labuta,
em tempos que são de luta.
Autocarros apeanhados de gente sem esperança
contam histórias de vontade de vingança.
Caixas de correio sem respostas,
olhos de lágrimas e cabisbaixas posturas postas.
Telefones que não trazem contratação,
novos sentimentos de desilusão.
Papéis de experiências passadas sem oportunidade de futuro,
erudição que percorre um longo caminho duro.
Expectativas de vida nobre subjugadas a frustrações,
saibam calar a vaidade social e ensinar altruistas lições.
Tostões contados às escondidas,
é fado de inúmeras vidas.
Activos de todas as raças, géneros e idades,
testemunham a sobrevivência reduzida a piedades.
Terras longínquas trazem novos horizontes,
a quem se aventurar a atravessar as pontes.
Idiomas novos, abrigos improvisados e trabalhos forçados.
A dor da ausência de uma vida num quintal chamado Portugal.

1 Comentários:

Blogger Vânia disse...

pareces ter ligacoes ao partido comunista! cunhal sempre! viva o binte e sinco de abril

1 de novembro de 2007 às 10:29  

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