Transeuntes

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Hoje sou eu

Hoje sou eu sem reservas
Uma boneca de trapos
De cabelos soltos
Ao vento…
Sempre na esperança
Que uma fada de condão
Chegue para dissuadir
Todos os enredos
Libertar todos os nós
Unir todos os laços perdidos

Hoje sou eu sem máscara
Sensível, demasiado frágil
Para conseguir julgar
O meu coração
Há muito percebeu
Que isso nada importa
Quando ser feliz
É a sua razão

Hoje sou eu sem disfarce
Sem a protecção
De personagens
Sem brincos e maquilhagem
Apenas de olhos
Enrugados
Em lágrimas já esgotadas

Hoje sou eu sem escudo
Embriagada do mundo
Mas sóbria de mim….
Pudera saber ser
Anjo na selva
Abrir asas e voar
Sob as espécies ferozes
Enfeitiçá-las
Com o poder do amor

Hoje sou eu sem guardas
Sem armas e munições
Despida de ressentimento
Apenas nua
Ansiosa por sentir
Os preliminares
De um anúncio
Resplandecente
De paz!

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