De olhares a risos
De risos a conversas
De conversas a
pensamentos
De pensamentos a
partilhas
De partilhas a
cumplicidades
De cumplicidades a
toques
De toques ao desejo
Do desejo à Paixão
Da paixão ao amor
Do amor à ilusão
Da ilusão à escravidão
Que estranha forma de vida é esta
Que nos vendem o amor
Como a maior de todas
as ilusões
Para se transformar
Na pior das
escravidões?
O laço mágico
Tido como inquebrável
Descuida a força do nó
Ignora os perigos
alheios
Busca as ânsias
pessoais
Descaracteriza o seu
eu mais próximo
Negligencia as suas
vontades
Enfraquece a união
E sem querer…o nó
Torna-se numa teia
De enredos
imprevisíveis
Onde predomina o vazio
Esgotam-se as palavras
Reinam os silêncios
Para que a paz
prevaleça
Abdica-se do ser
Para parecer
Que a promessa de
felicidade
É nascente dos dias
E poente das noites
Que cultura de amor é esta
Que troca os
sentimentos
De conquista
surpreendente
Por um amor adquirido
De compreensão
Por momentos
constantes de gritaria
De persuasão
Por tempos indefinidos
de revelia?
Em tempos de guerra
Todas as armas são válidas
Crianças são escudos
Quando as balas já
mataram
O amor prometido
A chantagem lidera as
emoções
A teia montada
Escraviza o coração
mais sensato
É tempo de enormes confrontos
Entre as convicções de
vida
E a amargura da
constatação
O desenlace de duas
partes
Prometidas eternamente
como uma
Saberá a velha geração
Sobrevivente a
intempéries
Humanamente capaz de
sofrer
Para perpetuar laços
Apontar um novo caminho
À geração descrente de
amor?
Existirá ponto de retorno
Quando o “eu” já não é
Substituído por um
“eu” sem essência
Desgarrado da
espontaneidade
Ou meramente
Uma liberdade condicional
Transformada em independência
Tristemente perdedora?
Queira Deus
Que a magia de um
primeiro olhar
Tenha a capacidade de
despertar
O fascínio
do outro que ficou por descobrir...
1 Comentários:
Guru, tu és um poço de surpresas!!!
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