Transeuntes

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Porto de Abrigo

Prisioneira da sobrevivência
Selada pelo estereótipo moderno
Silenciada pela voz da inexperiência
Embarco numa jangada de troncos
Acreditando na força da natureza humana
Inalando o ar de uma natureza idosa
Levo comigo as reservas da partida
Orando ao Pai para que seja o Norte dos meus remos
Que seja pedaço de terra em dias de tempestade
Entre dentes, sussurro à lua para que seja lanterna nocturna
Ao amanhecer, recordo as memórias livrescas desgastadas pelo tempo...
E, lentamente, carrego os remos enfrentando a incógnita dos ventos.
A cada braço erguido, a força transforma o acaso na vontade que sejas sempre o meu porto de abrigo.